quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Pra Que Um Tajã Erga o Canto" Matheus Costa.




Junto aos ventos clarineiros,estendo os olhos ao campo
minha alma de pirilampo se incendeia ao mirar
o pasto a verdejar -flor de vida nas coxilhas- ...
meus olhos que vêem tropilhas se agrandam junto ao galope
depois se acalmam num trote pra matearem maçanilha

Esta calma tão campestre que guarda a pampa calada
é vigor nas invernadas e sinuelo aos corredores...
esta pampa de valores tem em si a própria história,
tem em si tantas memórias,mas uma coisa me indaga
- será que a pampa calada consegue gritar suas glórias ? -

Concerteza ! ...e grita alto com voz de tajã silvestre
como se ainda estivesse sendo berço de porfias
grita e mostra a magia do campo que refloresce..
mesmo acanhado,mas cresce na livre alma pampeira
tremulando sua bandeira ,que assim,jamais desvanece

É preciso que lutemos,com destemor e coragem
pra realçar a imagem da bravura tricolor...
"hay" que ter fé e amor diante ao solo que pisamos
pois tudo que conquistamos se deve a àqueles de atrás
nossos tantos ancestrais...nossos guerreiros vaqueanos !

Hoje o concreto que impera pelas cidades grandiosas
traz realidades penosas frente ao campo que resiste
vem aos gritos de: - desiste ! - com suas afrontas tordilhas
mas o eco farroupilha rebrota do chão terrunho
e mostra força de punho pra defender as coxilhas

É tempo de acordar, com intenções mais guardiãs
para mudar o amanhã e plantar sonhos nativos
pois já alçei o pé no estrivo,e estou de lança empunhada,
a estampa maragateada se vai proteger o campo
pra que um tajã erga o canto junto à pampa aquerenciada !





Rafael Garcia @Rafael_Garcia1

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